dezembro 04, 2012

Do oito ao oitenta com paragem no quarenta e quatro

É assim que eu categorizo a diversidade dos pianos Yamaha que já afinei até hoje. Como se diz em bom português, na Yamaha há literalmente de tudo.

Digo isto porque no sábado passado fui afinar um série U, vertical, e relembrei forçosamente como é difícil entender o que é que os série U nos estão a dizer. Comecei a afinar como sempre faço, isto é por intervalos de quintas, mas o primeiro ciclo estava a ser um desastre; não por causa das cravelhas mas sim porque não estava a conseguir unir as frequências de um modo satisfatório. E para piorar estava a demorar imenso tempo a fazê-lo, e não pode ser assim.
Não acabei o primeiro ciclo e decidi logo pôr mãos à obra e mudar a estratégia de afinação. Voltei a usar uma técnica que não usava há vários anos, que consiste em temperar uma oitava intera e depois espelhar cada nota tanto para as oitavas superiores como para as inferiores. Pelo meu gosto pessoal, não gosto muito de afinar assim simplesmente por não me ser muito confortável, embora em tempos já o tenha sido. O importante é que o piano ficou bem afinado e o cliente, depois de chegar a casa, disse à amiga, com um ar sorridente:

O afinador esteve aqui, não esteve?...

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