janeiro 29, 2010

Presunção e Pano Quente I

Indirectamente, questionaram a minha eficácia como afinador. Mas este equívoco podia-se desfazer com uma simples explicação, que para mim era óbvia, mas resolvi nem sequer me chatear muito. O que aconteceu foi o seguinte.
O importante é que é um piano usado para concertos, e por isso a regra de deixar os exremos um pouco brilhantes aplica-se a este piano. E foi, obviamente o que fiz. Dar brilho aos extremos não é nada mais que subir um pouco a afinação da última oitava de cada extremo para que as oitavas se possam ouvir verdadeiramente. A subida é tão ligeira que é como se afinássemos a primeira nota a 440Hz e a oitava a seguir a 440,1Hz (é quase este valor). Ora, para quem desconhece esta prática e está mais do que habituado a uma afinação estritamente linear, o brilho faz-lhe muita confusão e a primeira reacção é dizer que não está afinado. Foi o que aconteceu mas não entrei em disputa teórica com a pessoa em questão e falei com o responsável pel o piano, a explicar a situação, e após uma explicação simplificada, renovou a confiança no meu trabalho e disse-me para fazer "...como achar melhor".
Voltei lá no dia a seguir e para além de afinar novamente, deixei mesmo os agudos brilhantes, tal como achei melhor. Vamos ver se a luta de Gurus fica por aqui...

Continua

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