janeiro 09, 2011

Efectividade

Tenho vindo a diminuir o tempo que utilizo para afinar um piano que esteja em condições normais, isto é, que é usado regularmente e está minimamente cuidado. Na escola de música onde trabalho, os pianos estão no melhor estado possível porque eu me encarrego de fazer vistorias periódicas aos mesmos, para além de os afinar.
As quatro ultimas afinações do mês de dezembro foram distribuídas em 2 dias: três no primeiro e uma no segundo. E o mais impressionante é que todas foram feitas em menos de duas horas. Tenho algumas explicações para este invulgar acontecimento.
Primeiro, foi no dia 27 e 28, quando as únicas pessoas no interior da escola era eu e a funcionaria da secretaria, por isso nem tive de pedir por silêncio, e segundo, foi o facto se ter afinado sempre com um temporizador ao meu lado. Isto é que torna o caso interessante. Comecei por tentar ver se era possível afinar Bem, e enfatizo o bem, em menos de duas horas (o meu record era de duas horas e meia). À medida que o tempo ia passando e eu via que estava a demorar muito menos que 20 minutos para afinar uma sequência de intervalos de quintas, aumentei o grau da minha concentração para conseguir bater o tempo de duas horas. E foi possível.
Com isto não estou a dizer que afino todos os pianos em menos de duas horas. Às vezes, e na maior parte das vezes isso não é de todo possível. Mas quando se reúnem determinadas condições e o ouvido está pronto para arrancar em segunda, a velocidade acaba sempre por aparecer. E o que supostamente fazemos em três horas, fazemos em duas.

No poupar é que está o ganho.

Sem comentários: